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Numa casa qualquer:
Há muito o que dizer sobre as causas mais profundas para uma dependência, seja química, comportamental ou tecnológica, por exemplo. Mesmo sem compreender totalmente o que nos leva a ter um comportamento compulsivo quanto ao uso de recursos tecnológicos, um senso de urgência se impõe para atuarmos no enfrentamento desse crescente problema entre crianças e jovens (e adultos, mas essa é outra história).
Várias pesquisas ligam o uso excessivo da tecnologia com a ansiedade e depressão, e as crianças são mais vulneráveis a comportamentos compulsivos, especialmente aquelas mais tímidas, que não se sentem pertencentes e com déficit de habilidades sociais.
Algumas habilidades sociais prejudicadas pela dependência tecnológica:
– Empatia: capacidade de se colocar no lugar do outro e buscar reconhecer seus sentimentos e necessidades;
– Comunicação: expressar o que pensa com clareza, mas também saber, querer e escutar o que o outro tem a dizer;
– Assertividade: demonstração de segurança ao se posicionar, respeitando opiniões e direitos;
– Positividade: disposição de avaliar positivamente os diversos aspectos da vida;
– Civilidade: conjunto de atos para demonstrar respeito e consideração.
Um papel central nessa dependência é o dos jogos e seus sistemas de recompensas, o que potencializa o vício digital. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já incluiu o uso abusivo desses jogos na “Classificação Internacional de Doenças” (CID), na seção de transtornos que provocam vícios. A própria busca por recompensa, (likes) em redes sociais também é um importante fator de abuso no uso da internet.
São muitos os relatos que mostram uma crescente reclusão de jovens motivada pelo engajamento em ambientes de jogos on-line. Quanto menor é o contato direto com crianças e jovens, mais difícil para famílias e educadores perceberem mudanças de humor, comportamentos agressivos ou outros que possam indicar algum desequilíbrio, impedindo ou retardando a ação de adultos no sentido de ajudar e prevenir possíveis futuros transtornos associados a comportamentos antissociais.
Outro problema da falta de limites para experiências digitais é o preenchimento obsessivo de cada espaço vazio em nosso cotidiano, ocupado por ação/reação que jogos e interações digitais promovem. Não bastasse ocupar totalmente os espaços, agora ouvimos mensagens e músicas em velocidade aumentada; é preciso caber ainda mais no já pouco espaço que resta. Há cada vez menos lugar para a reflexão e para o descanso.
Pais e mães têm sentido cada vez mais em suas vidas, pessoais e profissionais, essa falta de espaço quando é esperado deles disponibilidade irrestrita e respostas imediatas em ambientes on-line. Como vários dos atuais pais e mães nasceram em um mundo relativamente analógico, ainda puderam desenvolver um olhar crítico a essa crescente demanda. Mas e quanto às crianças que já chegam em um mundo em que é possível estar on-line 24 horas por dia? É necessária uma mediação das famílias desde já.
– Apesar de ser um problema grande e crescente, nem sempre a abstinência é a solução mais adequada. Nesses casos, acreditamos no desenvolvimento da autorregulação;
– É fundamental o acompanhamento das famílias, estar próximos e atentos aos hábitos digitais dos filhos;
– Uma dica é pensar em uma dieta digital. Quando nossos filhos querem comer bolacha, não damos um pacote inteiro. Assim deve ser nos produtos digitais;
– Ocupar o tempo de crianças com atividades agregadoras e presenciais;
– Promover encontros com as mais diversas pessoas: vizinhos, parentes, antigos amigos etc.;
– Promover atividades físicas como, esportes, dança, teatro, música, circo entre outros.
– A situação da dependência digital é cada vez mais preocupante. Mesmo sem conhecer profundamente suas causas, é fundamental agir agora;
– A dependência tecnológica prejudica radicalmente o desenvolvimento de habilidades sociais, fundamentais para as vidas pessoal e profissional;
– A disponibilidade 24 horas é outro problema que requer atenção;
– A promoção de atividades e encontros presenciais é essencial.