Tecnologia na educação infantil 

15 de agosto de 2024 | Fundamental 1, Fundamental 2

Como a tecnologia na Educação Infantil, especialmente a internet e jogos digitais, aparece no cotidiano? A Sociedade Brasileira de Pediatria considera que o uso de telas, seja celular, tablet ou televisão, não deve acontecer antes dos dois anos.
As interações humanas presenciais são ainda mais importantes nos primeiros anos de vida. A partir delas damos modelos de interações não verbais, expressões faciais, articulação de palavras, moralidade, resiliência, empatia, noção de limite e de adequação. Sentimos instantaneamente os reflexos de nossas ações, boas ou más, no outro. Já está claro como o uso irrestrito das redes sociais pode ser prejudicial.
No período especialmente fértil de aprendizado que é a Educação Infantil, a intermediação das telas empobrece a vivência de um mundo que nos é apresentado por meio dos sentidos e nas sutilezas dos contatos miúdos, dos sorrisos e olhares, de incentivo, aprovação e orientação dos adultos. A criação de vínculo com crianças da mesma idade, a ampliação de vocabulário, o aprendizado do respeito aos turnos de fala e a escuta atenta são favorecidos quando acontecem de maneira presencial, na relação olho no olho.

Não é difícil reconhecer que a relação com as telas muitas vezes faz de nós pessoas mais passivas, o que é especialmente prejudicial nos primeiros anos de vida, quando tudo ao nosso redor é motivo de curiosidade, há uma demanda natural de aprender e apreender o mundo.
As telas, com suas cores, movimentos e sons, são, da mesma forma que para os adultos, muito atraentes para bebês e crianças mais novas, mas tanto em casa como na escola, podemos atrair sua atenção por meio de recursos simples. Brinquedos e objetos coloridos, sonoros, com texturas diversas, etc., quando mediados intencionalmente pelos adultos, podem ser excelentes fontes de aprendizado e diversão de forma ativa.

No CEB


Os professores de Tecnologia, muitas vezes, com a Equipe de Titulares, participam do planejamento de propostas, apresentando ferramentas digitais, seus usos e limites de segurança. Isso acontece em projetos de todas as disciplinas, seja na sala de Tecnologia ou nas salas de aula. A intenção é sempre conhecer novos recursos para ampliar e incentivar um uso mais responsável, produtivo e saudável.
Até os dois anos, nada de tela. As crianças mais novas precisam vivenciar, pegar, brincar, agir sobre o meio, estão aprendendo a materialidade do mundo pelos sentidos e pela interação humana concreta. Precisam estar perto, olho no olho, reconhecer as emoções, reconhecendo a si próprias no outro e pelo outro.
Depois dos dois anos, o contato das crianças com as telas pode acontecer desde que seja reduzido, até uma hora por dia (somados os tempos na escola e em casa), ainda assim, sempre de forma intencional e mediado por adultos.
Nos primeiros anos escolares, a criança amplia sua relação com o mundo, partindo do concreto para a subjetividade dos símbolos. A escrita e personagens ficcionais são exemplos, assim, filmes, desenhos, documentários podem ajudar bastante nos aprendizados e em pesquisas sobre universos distantes do seu cotidiano, sempre acompanhados por alguém que possa fazer as mediações necessárias.
Conforme crescem, há mais complexidade nos recursos para atender e incentivar a crescente curiosidade. Os educadores pesquisam e apresentam uma maior diversidade de plataformas educativas ou que podem ser adaptadas ao uso pedagógico. Alguns exemplos utilizados no CEB: microscópio digital, visitas virtuais a outras cidades e museus, imagens reproduzidas em telões.

Em resumo:


A intermediação das telas dificulta a vivência de um mundo que nos é apresentado por meio dos sentidos, sentimentos e das sutilezas dos contatos humanos;
A relação com as telas muitas vezes faz de nós pessoas mais passivas, o que é especialmente prejudicial nos primeiros anos de vida;
Com suas cores, movimentos e sons, as telas são muito atraentes, mas tanto em casa como na escola, podemos atrair a atenção das crianças por meio de brincadeiras e recursos simples.

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