Que mãe ou pai não passou por uma situação dessa? Uma criança faz uma escolha que temos convicção de que causará algum tipo de transtorno ou dano. Sob o ponto de vista da educação, um simples conflito como esse pode trazer uma boa oportunidade de aprendizado.
Com o passar do tempo, vamos constatando que de fato a vida é feita de escolhas e que carregamos as consequências delas por muito tempo. Sendo assim, por que não investir desde cedo no desenvolvimento da capacidade de escolher?
Escolher também se aprende
Desde que as piores consequências de uma escolha mal feita estejam em uma área de segurança, uma forma de ajudar crianças e jovens é conversar sobre as possíveis consequências de uma escolha e, uma vez que eles façam a opção e tenham um resultado negativo, ajudá-los a refletir sobre as alternativas que não foram seguidas. Muito importante é não cair na tentação de falar: “eu não disse?” O melhor é encorajá-los a fazer uma escolha melhor da próxima vez.
Uma outra forma de fortalecer a autonomia é ajudar na escolha não deixando as possibilidades muito abertas. No exemplo da roupa, restringir as possibilidades, mas ainda assim deixando abertura suficiente para que eles se sintam autores de suas escolhas.
Saiba as brigas que você quer brigar
Não vale a pena causar conflitos impondo sempre uma única direção. Isso costuma trazer desgastes desnecessários e não colaborar com o desenvolvimento de ninguém. No exemplo da roupa, se a questão é somente estética, por que não deixar as crianças ou os jovens livres para escolher? No futuro, essa situação pode até render boas lembranças e risadas.
No caso de você ser indiferente quanto a uma escolha, incentive a criança a escolher. Essa é uma situação bastante comum e costumamos não a aproveitar para desenvolver essa capacidade na criança ou no jovem.
Planeje a situação da escolha
Muitas vezes não há tempo para um debate aprofundado quanto à escolha de roupa, como quando estamos atrasados a caminho da escola, por exemplo. Para não deixar para a última hora, veja anteriormente a previsão para a temperatura e separe algumas roupas mais adequadas para a situação. O mesmo pode valer para uma festa mais formal, por exemplo.
A história real que inspirou a abertura deste texto teve um final duplamente feliz: a criança não passou frio, mas teve que agir conseguindo um casaco com os amigos, e ainda percebeu as consequências de uma escolha que foi sua.
Em resumo:
– Escolher também se aprende;
– Se a vida é feita de escolhas, por que não desenvolver essa capacidade desde cedo?;
– Evite frases como “eu não disse?”. Melhor é encorajar para uma melhor escolha na próxima vez;
– Saiba as brigas que você quer brigar. Não vale a pena causar conflitos impondo sempre uma direção;
– Planeje a situação da escolha.
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