Conviver com TDAH na escola

12 de dezembro de 2023 | Educação Infantil, Fundamental 1, Fundamental 2

Desafios e benefícios a todos os envolvidos 

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) faz com que algumas pessoas tenham dificuldade em focar sua atenção, pensar antes de agir e organizar a realização de tarefas, por exemplo. Porém, é fundamental lembrar que o TDAH não define a inteligência de alguém. Cada um de nós é um ser único, da mesma forma acontece entre aqueles com TDAH, que podem apresentar inclusive hiperfoco para temas que lhes interessam, mas podem ter mais dificuldades quando estão desmotivados quanto a determinado assunto.  

Na vida escolar 

A falta de concentração no cotidiano escolar traz enormes desafios. São muitas as demandas diariamente, como tarefas de casa, trabalhos em grupo, pesquisas individuais, cumprimento de prazos e horários. Cada uma dessas tarefas torna-se ainda mais complexa para alguém com TDAH e pode levar a uma maior dificuldade de aprendizado, o que pode causar frustração da família, dos educadores e, principalmente, das crianças. Então, é um duplo desafio: de aprendizagem e de, muitas vezes, autoestima. 

Para ajudar crianças nessa situação, além da empatia, é fundamental compreender as dificuldades pelas quais elas passam. É fundamental evitar simplificações, rótulos e termos pejorativos que podem ser feitos por colegas, familiares ou até mesmo educadores, que além de demonstrar ignorância diante da complexidade do tema, somente servem para afastar quem tem o transtorno.

Desafio e benefício para todos  

Uma escola deve ser um lugar inclusivo e diverso, onde todos os estudantes tenham oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento. 

Lidar com as diferenças de ritmos de aprendizagem é muito enriquecedor, tanto para educadores quanto para colegas de alunos com TDAH. Todos nós somos únicos e temos processos próprios de aprendizagem, temos diferentes dificuldades e prazer dependendo do conteúdo tratado. 

Estar atento às diferenças dos colegas é também uma forma de aprendermos sobre nós mesmos. Observar os avanços dos colegas, especialmente daqueles que têm mais dificuldades, pode ampliar as competências socioemocionais de todos os envolvidos; pode ajudar a todos quanto à empatia, paciência, cooperação, resiliência, flexibilidade e autoconhecimento, por exemplo. 

No CEB 

O CEB tem experiência em receber alunos com TDAH há vários anos. Ao longo desse tempo, houve notáveis evoluções, tanto na compreensão quanto na forma de agir nessas situações, que foram incorporadas nas práticas da escola. 

Como a escola não é uma instituição especializada em saúde, a essência do trabalho está na parceria dos educadores com especialistas e com a família, que acontece nas observações, atuações e avaliações pactuadas entre todos os envolvidos. 

Assim como ocorre com todos os estudantes da escola, o princípio do ensino a partir das diferenças se aplica nos casos de TDAH também. Por isso, no CEB não há uma adaptação igual para todos. Cada caso é um caso. Para um, pode ser a adaptação da quantidade de tarefas; para outro, a forma de perguntar e para outro ainda, um currículo específico. Novas estratégias pedagógicas precisam sempre ser pensadas, incluindo as que tratam da interação entre alunos com ritmos diferentes de aprendizagem. 

Em resumo 

– O TDAH não define a inteligência de alguém; 

– Cada um de nós é um ser único, da mesma forma acontece entre aqueles com TDAH; 

– Incluir não pode ter uma regra ou condição pré-definida pela escola. É preciso verificar a necessidade de cada caso, pensar e propor estratégias; 

– Lidar com as diferenças de ritmos de aprendizagem é muito enriquecedor, tanto para educadores quanto para colegas de alunos com TDAH. 

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