– Assim como tudo na vida, o momento de desfralde varia para cada indivíduo.
O desfralde pode gerar um clima de ansiedade e expectativa por parte das famílias, o que pode contagiar as crianças, especialmente quando a decisão de iniciar esse treinamento for precoce.
Estudos do desenvolvimento infantil mostram que é necessário haver maturação dos sistemas nervoso e muscular, além de respeito ao desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo de cada criança.
A literatura especializada aponta que por volta dos dois anos é quando a maioria das crianças apresenta maturidade para o desfralde, porém o contexto no qual estão inseridas deve ser considerado. Na maior parte das vezes, as crianças emitem sinais ou comunicam o desejo de não querer ou precisar mais usar fraldas.
– Preste atenção na comunicação das crianças ou emissão de sinais, como por exemplo: tentar tirar sozinha a própria fralda, pedir para usar o penico ou a privada, avisar que já fez xixi ou cocô na fralda;
– Ler livros que falem de personagens que passam pelo mesmo processo, pode ser bem interessante e uma oportunidade para conversar com as crianças a respeito;
– Penico ou redutor de vaso sanitário? O penico costuma ser mais confortável para as crianças, porque permite que apoiem os pés no chão, deixando-as numa posição que favorece também a evacuação;
– Envolver as crianças no processo é bem importante. Elas podem participar da escolha das cuecas ou calcinhas, além da escolha do penico, que deve ser o mais parecido com um vaso sanitário. Evite penicos que tocam músicas e mais se parecem com brinquedos;
– Quando a criança conseguir fazer xixi ou cocô no penico é importante que sinalize a conquista, com tranquilidade. Não há a necessidade de uma grande comemoração, basta o reconhecimento;
– Trate todo o processo com tranquilidade, transmitindo confiança e segurança à criança;
– Forre a cadeirinha do carro para que, em caso de escape, seja possível preservar o assento e minimizar preocupação por parte dos adultos;
– Ao transitar de um lugar para outro, é fundamental que a criança vá ao banheiro antes de iniciar o itinerário;
– A criança sente a ansiedade dos adultos em cada ida ao banheiro e a decepção diante do “fracasso”. Essa tensão pode gerar insegurança e medo, que interferem na qualidade dos relacionamentos, no humor, no sono, no apetite e até no desejo de cooperar com o próprio desfralde;
– É muito importante que esta fase seja vista como uma oportunidade de desenvolvimento e progresso e não como um problema. Por isso, quando houver um escape, é preciso tranquilizar a criança;
– Lembre-se de que o desfralde é um processo, não acontece de uma hora para outra, mas os adultos precisam estar atentos e disponíveis para lembrar e oferecer às crianças oportunidades para irem ao banheiro.
– A equipe da escola cuida atentamente de cada detalhe para que essa nova etapa aconteça, respeitando o desenvolvimento e interesse de cada indivíduo, bem com a possibilidade de as famílias participarem desse processo;
– O início do desfralde é combinado com as famílias. No primeiro dia na escola, a criança deve vir de fralda, usando calcinha ou cueca por cima e, na escola é feita a retirada definitiva, o que significa que, a partir de então, ela deverá entrar e sair da escola sem fralda;
– Antes de a criança ir embora, é oferecida a ida à “privadinha” para diminuir a possibilidade de escapes no caminho de casa. O mesmo deve ser feito ao sair de casa. No CEB, não utilizamos penicos, porque temos “privadinhas” que são da altura e tamanho dos penicos;
– Durante um período, que varia de 7 a 30 dias, a criança continua usando a fralda durante o horário de descanso. Assim, é preciso colocar, diariamente, uma fralda na mochila por algum tempo. As famílias são avisadas quando não for mais necessário;
– São enviadas para a escola quatro trocas completas de roupas, seis calcinhas ou cuecas, três pares de meias e dois pares de calçados. Este número deverá ser reduzido de acordo com a quantidade de pertences secos que retornarem para casa. A equipe do CEB sinaliza, durante o processo, a necessidade de manter ou diminuir os pertences;
– Diariamente, a equipe informa às famílias se a evacuação foi na roupa ou na “privadinha”;
– Para ter um retorno sobre a forma como está sendo o desfraldamento na escola, há vários canais: canais online, nos plantões quinzenais com a Professora, por telefone ou pessoalmente, nos momentos de entrada e/ou saída das crianças.
– O desfralde pode gerar um clima de ansiedade e expectativa por parte das famílias, o que pode contagiar as crianças;
– A literatura especializada aponta que por volta dos dois anos é quando a maioria das crianças apresenta maturidade para o desfralde, porém o contexto no qual estão inseridas deve ser considerado. Na maior parte das vezes, as crianças emitem sinais ou comunicam o desejo de não querer ou precisar mais usar fraldas. É preciso observá-las;
– O processo deve ser lento, gradual e respeitoso, para não colocar a criança em situações de frustração, gerando a ideia de incapacidade.
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