– A questão é o que a gente faz com a emoção
A emoção na educação infantil deve ser tratada intencionalmente, como são quaisquer conteúdos. Isso porque lidar com as emoções na escola também se aprende; sejam as próprias emoções ou as de terceiros.
Para aprendemos sobre emoções é preciso saber reconhecê-las, nomeá-las e o que fazer com elas.
À medida que crescemos, aprendemos a nos perceber, o que nos afeta e como as emoções se manifestam, inclusive fisicamente. A partir desse conhecimento podemos agir: desde não deixá-las transparecer, em certos momentos, até mudar nosso comportamento. Reconhecer emoções e como elas nos afetam pode se aprender desde cedo e a escola é fundamental nesse processo.
Ter competência para lidar com as próprias emoções, ajuda muito a enfrentar ou até evitar frustração, estresse e ansiedade, por exemplo. Desde casos simples até burnout e outras crises mais severas associadas a situações profissionais com constante exigência e grandes responsabilidades.
O desenvolvimento de competências socioemocionais na escola não deve ser o da normalização dos comportamentos, mas reconhecer, acolher e promover uma intervenção educativa a respeito. Em vez de propor uma espécie de treinamento abrangente e uniformizante, a ideia deve ser um olhar individualizado.
O educador pode ser o escriba de uma carta de pedido de desculpas ou funcionar como uma espécie de “grilo falante” levantando as possibilidades de atuações sobre como diminuir as consequências de um conflito e, claro, como criar alternativas de atuações futuras.
São muitas as intervenções possíveis dos educadores:
Há pesquisas em diversos países que procuraram estabelecer relação entre programas de desenvolvimento de competências socioemocionais e inteligência que não chegaram a uma conclusão clara a respeito. No entanto, isso não invalida a importância de um trabalho consistente e coerente sobre bem-estar emocional e saúde mental que terão grande importância ao longo de nossas vidas, algo que é facilmente reconhecido na vida adulta, seja nos desafios profissionais como naqueles do cotidiano da convivência familiar.
Além do trabalho intencional em diversas atividades educacionais em todos os segmentos, para crianças entre 4 e 5 anos do CEB há o Programa Amigos do Zippy, assim como o Educa, para os alunos de Fundamental 1, que buscam promover um reconhecimento e identificação das emoções vividas, bem como reflexões sobre perdas de forma geral e assim ajudar na resolução de problemas e escolhas mais saudáveis.
💡Veja mais sobre a prática do CEB: leia o nosso artigo sobre criatividade na educação infantil no blog.
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