– Mãe, não quero ir para a escola.
– Levanta já daí e vamos embora!
– Mas…
Para muitos, a volta às aulas é aguardada com ansiedade, seja pelo reencontro com os colegas, seja por atividades que dão prazer, mas é comum alunos apresentarem resistência em mudar a rotina das férias pela rotina escolar.
O filho não querer ir à escola pode ser um sinal de que algo mais sério está acontecendo e a primeira e mais importante atitude da família é escutar atentamente a criança ou jovem para dar a chance de reflexão por parte dele. Como nem sempre eles têm habilidade para elaborar sobre sua situação, é importante que a família ajude seu filho a compreender e expressar seus sentimentos e motivos.
Primeiro, podemos avaliar se é algo recorrente na vida escolar de seu filho, que já aconteceu em mais de uma instituição escolar pelas quais passou ou se é algo pontual. Algumas causas comuns são experiências negativas na escola, como bullying ou dificuldade de aprendizagem.
Há motivos ligados à resistência em deixar o ambiente familiar, como a ansiedade em relação à separação, que é comum em algumas fases do crescimento, principalmente entre dois e cinco anos.
A necessidade de chamar a atenção também é comum, especialmente em situações que envolvem relações familiares, como separação dos pais, ciúme pela chegada de um novo irmãozinho, a ausência ou mesmo morte de alguém querido.
Sentir-se deslocado entre seus colegas sem causa aparente é uma situação que é especialmente desafiadora e exige ainda mais paciência e atenção por parte dos envolvidos na busca das causas.
Muitas vezes são episódios ocasionais e servem mais para o aprendizado dos envolvidos, mas caso a situação persista, deve ser considerada a ajuda de terceiros, como um psicólogo, por exemplo.
Confiar na parceria com a escola e buscar respostas e modos de atuação juntamente com seus educadores;
Conversar diariamente com seu filho a respeito do dia na escola, principalmente quanto ao aprendizado e às relações com os colegas;
Participar da vida escolar, envolvendo-se em atividades e eventos para os quais as famílias são convidadas, como festas, torneios esportivos, apresentações artísticas, debates, premiações ou feiras de ciências, por exemplo.
Como acontece com tudo que se refere à vida escolar, essa recusa em ir à escola também é uma oportunidade de aprendizado e crescimento. Frente a um desafio como esse, é comum famílias cederem e deixarem que seus filhos fiquem em casa. Mas o que está sendo ensinado à criança ou ao jovem se isso acontecer?
– A resistência em ir para a escola pode indicar um problema mais sério. É importante procurar o que causa essa situação, começando por ouvir a criança ou o jovem;
– A parceria com a escola é fundamental para tratar da questão da recusa escolar;
– Participe ativamente da vida escolar de seu filho ou filha;
– Encare esse desafio como mais uma oportunidade de aprendizado de todos os envolvidos.
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