_ Mãe, quero mudar de escola.
_ Por quê?
_ Eu não gosto dela.
_ E isso lá é motivo?
Talvez não seja motivo, mas, sim, é um sinal de que a família deve estar atenta para o que pode estar acontecendo. Problemas de relacionamento com colegas? Dificuldade com algum professor? Desmotivação para estudar? Pensar nessas razões é fundamental antes de se tomar uma decisão, pois não queremos passar para nossos filhos a mensagem de que frente aos desafios temos saídas mais fáceis do que enfrentá-los. É preciso oferecer escuta atenta e ponderada para tudo que os filhos sentem e verbalizam e fazer, em parceria com a escola, um acompanhamento cuidadoso. Insistir na mesma escola até o final do ano poderá trazer aprendizado e fortalecimento.
Claro, há motivos de outras naturezas, como mudança de cidade ou questões financeiras, por exemplo. Assim, se for realmente necessária essa mudança, nosso papel é torná-la uma oportunidade para um recomeço produtivo.
Mudar de escola, especialmente no meio do ano, é um movimento delicado, que traz os desafios da escolha, dos rompimentos com a comunidade escolar anterior e da readaptação à nova realidade.
O primeiro passo é fazer uma avaliação bastante atenta da escola atual de seu filho: a metodologia de ensino está adequada a ele? Quais são os pontos fracos dela e, principalmente, quais são as características das quais você não abre mão na nova escola? Nessa avaliação, devem ser levados em conta os professores, a proposta pedagógica, a forma da instituição lidar com problemas cotidianos, intervenções educacionais, relações com colegas e outras famílias, parceria entre escola e família, além da estrutura e localização.
Somente com essas respostas bem claras em mente, podemos fazer uma escolha criteriosa.
– Apoiar e ficar atento às reações de seu filho, tanto em relação às matérias quanto às novas relações pessoais, seja com professores ou colegas;
– Levar seu filho para conhecer a escola antes do início das aulas. Uma atitude simples como essa poderá ajudá-lo muito nos primeiros dias de aula;
– A presença da família na vida escolar dos filhos é muito importante, e deve ser ainda maior nos primeiros meses da nova escola;
– Ser parceiro do filho na descoberta de novas oportunidades de aprendizado e convivência;
– Fazer uma comparação entre os conteúdos já estudados por seu filho e aqueles já vistos na nova escola. – Veja se há um planejamento para suprir as lacunas no currículo de seu filho e apoiá-lo nas dificuldades de aprendizado.
– Não devemos mudar de escola sem um (ou mais) bom motivo. Não queremos passar para nossos filhos a ideia de que frente aos desafios temos saídas mais fáceis do que enfrentá-los;
– O primeiro passo é fazer uma avaliação bastante atenta da escola atual para vermos o que deve mudar ou permanecer o mesmo;
– Na medida do possível, nosso filho deve estar no centro das decisões envolvendo essa mudança;
– Seja ainda mais parceiro de seu filho, especialmente nos primeiros meses da nova vida escolar.
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