– Divertir-se, aprender e descansar rompendo padrões.
Durante o ano todo, levamos uma vida superestruturada. O dia já nasce ocupado, do momento que saímos do quarto até voltarmos a ele para dormir. Escola, cursos, atendimentos, trabalho, compras. Como fica a convivência em família?
Quando chegam as férias, há muito o que fazer: viajar para conhecer lugares ou voltar a lugares em que fomos felizes, visitar amigos e parentes. Raramente iniciamos as férias com uma agenda vazia. Que tal tentar fazer isso uma vez? Seria romper um padrão que orienta nossas ações, ano após ano, há muito tempo. Seria uma oportunidade de inventarmos juntamente com nossos filhos novas possibilidades de vivências conjuntas, de convivência.
Hotéis cheios de atividades e estímulos podem ser divertidos: contamos com recreadores e atividades programadas para entreter toda a família; mas que tal aproveitar o momento das férias para estarmos juntos com eles sem a intermediação de profissionais da diversão ou mesmo da escola?
Quando não há ninguém para planejar a forma como iremos nos divertir/distrair, cabe a nós (e a nossos filhos) a preocupação de usufruir do tempo que temos livre.
Pode ser desafiador, mas certamente é uma chance de nos fazer aprender juntos a criar oportunidades de conhecer, se divertir ou até não fazer nada, que seria algo pouco usual.
Outra maneira de passarmos as férias é proporcionarmos encontros diários entre nossos filhos e outras crianças ou jovens da mesma idade; mas conviver com crianças da mesma idade já é comum durante as aulas, o diferente talvez seja estar com pessoas de outras idades: pais, mães, tios, tias, avôs e avós, primos bem mais velhos ou muito mais jovens. Ou seja, ter vivências que somente acontecem no espaço da família, que não podem ser experimentadas no cotidiano escolar.
Há uma discussão tão antiga quanto recorrente quando falamos da convivência entre filhos e pais e mães ocupados: o que é mais importante, qualidade ou quantidade de convivência? Essa escolha é realmente necessária? De qualquer forma, é difícil medirmos qualidade, algo tão subjetivo. Uma coisa é certa: quantidade é fundamental!
Naquele tempo “jogado fora”, quando estamos relaxados e sem distrações externas, é quando temos a chance de nos conhecer melhor. As oportunidades mais adequadas para cultivarmos esses momentos acontecem nas férias. Então, agora temos mais uma chance de jogarmos “tempo fora” juntos com nossos filhos. Que tal?
– É no tempo “jogado fora”, quando estamos relaxados e sem distrações externas, é que temos a chance de nos conhecer melhor e aprofundar vínculos;
– Que tal se divertir, aprender e descansar rompendo os padrões do ano?;
– Que tal abrir mão de terceiros planejando nossas diversões?